Hérnia de Disco: Causas, Sintomas e Tratamento Fisioterapêutico

Marcos Godinho • February 14, 2024

A hérnia de disco é uma condição que afeta o disco intervertebral, ou seja, uma estrutura localizada entre uma vértebra e outra. Embora seja mais comum entre os 40 e 50 anos (média de 37 anos), pode ocorrer em todas as faixas etárias.. A estimativa é que 2 a 3% da população venha a ser afetada, com uma maior prevalência no sexo masculino em relação ao feminino. 


Neste artigo você poderá entender as causas que levam a uma hérnia de disco, sintomas e tratamento fisioterapêutico dessa condição. 

O que é o disco intervertebral?


O disco intervertebral é uma estrutura em forma de anel, localizada entre as vértebras, composto por água, tecido cartilaginoso e elástico. Funciona como um amortecedor reduzindo o atrito e o impacto entre uma vértebra e outra.

O que é hérnia de disco?


É uma condição em que ocorre o extravasamento do conteúdo interno (núcleo pulposo) do disco intervertebral, que funciona como uma "almofada", "amortecedor" entre uma vértebra e outra. 


Algumas hérnias discais podem ser assintomáticas, entretanto, outras podem culminar com dores intensas, choques, formigamentos e as regiões mais comuns de serem afetadas são na coluna cervical e lombar.


Sintomas


Como mencionado anteriormente, algumas hérnias de disco não causam sintomas, porém quando o paciente apresenta uma crise, alguns sintomas podem aparecer como:


  • Dores intensas que podem resultar em choques, dormências ou formigamentos nos braços no caso de hérnias cervicais ou nas nádegas, parte posterior da coxa, perna até o tornozelo no caso de hérnias de disco lombar;
  • Limitações dos movimentos;
  • Perda da força;
  • Travamento no pescoço ou na região lombar;
  • Dificuldade para caminhar e executar as atividades da vida diária.


Causas das hérnias discais


As regiões com maior frequência de ocorrência das hérnias discais são a região cervical e lombar, por possuírem a maior liberdade de movimento e por suportarem mais carga, porém outros fatores podem ser a causa das hérnias de disco, como:


  • Predisposição genética (alvo de estudos recentes);
  • Tabagismo;
  • Exposição a cargas repetidas;
  • Trauma;
  • Atividade não habitual;
  • Posição inadequadas para trabalhar;
  • Fraqueza muscular;
  • Obesidade;
  • Má postura;
  • Problemas psicossomáticos (depressão e ansiedade);
  • Cirurgias abdominais e disfunções viscerais.


Tratamento fisioterapêutico


Uma crise de hérnia de disco pode ser muito forte, a ponto de incapacitar o paciente a realizar a sua rotina diária. Entretanto, o tratamento fisioterapêutico visa reduzir gradativamente a dor e incrementar a atividade física, evitando o repouso absoluto. 


O tratamento fisioterapêutico destina-se principalmente em:


  • Abordar o paciente de forma globalizada, visto que o tratamento não pode ser encarado de forma isolada. Fisioterapeuta deve estar atento a outras disfunções no corpo do paciente que possam ser a gênese (origem) das dores a nível cervical, torácica ou lombar;
  • Exercícios para alongamento e fortalecimento dos músculos do abdômen, das costas e dos membros superiores e inferiores – O Pilates é um excelente recurso para se alcançar essa meta;
  • Favorecer a postura correta evitando-se assim posturas viciosas;
  • Técnicas de terapia manual como a osteopatia e a quiropraxia – onde a abordagem do paciente é realizada puramente com as mãos, sem o uso de aparelhos, buscando o equilíbrio e a harmonia do corpo humano.


Perguntas Relacionadas


Toda hérnia de disco requer tratamento cirúrgico?

Nem sempre, os estudos mostram que o tratamento conservador apresenta bons resultados (em torno de 80%) em hérnias pequenas com pouca degeneração discal, e em pacientes mais jovens com mínimo déficit neurológico (acometimento do nervo ciático por exemplo) dentro de quatro a seis semanas de tratamento.


Quando o tratamento cirúrgico é indicado?

Existem muitas controvérsias em relação ao tratamento cirúrgico e o conservador, porém, o tratamento cirúrgico pode ser indicado em algumas situações em que o tratamento conservador não obteve êxito como:

  • Lesões neurológicas persistentes onde o paciente evolui com paresia (perda de força) nos membros superiores ou inferiores;
  • Extensa degeneração (desgaste) do disco intervertebral;
  • Crises do nervo ciático que não responde ao tratamento conservador por pelo menos seis semanas ou mais


Para determinar o tratamento mais adequado, seja cirúrgico ou conservador, é essencial que o paciente seja submetido a uma avaliação criteriosa conduzida por um especialista, podendo ser um médico ou fisioterapeuta.


Com base nesse diagnóstico e na compreensão completa do histórico de tratamentos previamente realizados, será possível encaminhar o paciente para a opção mais indicada.

Conclusão


A hérnia de disco é uma situação clínica ao qual apresenta uma evolução puramente benigna. O tratamento conservador (fisioterapia, terapias manuais, Pilates entre outros) apresentam de satisfatórios a bons resultados em cerca de 80% dos pacientes. 


O tratamento cirúrgico normalmente é indicado na falha do tratamento conservador, porém é necessária uma avaliação criteriosa do caso clínico para que seja decidido ou não pela abordagem.

  • Cuide sempre da saúde de sua coluna vertebral, procure ter hábitos saudáveis no seu dia a dia como:
  • Prática regular de atividades físicas;
  • Cuide do seu peso corporal;
  • Evite o tabagismo e o consumo exagerado de álcool;
  • Procure sempre adotar posturas corretas no seu lar e no seu trabalho.


Com esses cuidados, você manterá o seu corpo saudável e irá prevenir possíveis complicações na sua coluna vertebral.


Conheça o Prof. Marcos Godinho


Marcos Godinho é Fisioterapeuta com Especialização em Fisioterapia Ortopédica altamente qualificado, cuja jornada no campo da saúde começou na renomada Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), onde obteve sua graduação em Fisioterapia no ano de 1999. 


Sua paixão pelo aprimoramento constante e busca pelo conhecimento o levaram a conquistar uma Especialização em Fisioterapia Ortopédica pela UDESC, em 2001, consolidando sua experiência na área. 


Além da sua sólida formação acadêmica, possui Mestrado em Neurociências pela prestigiada Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), demonstrando seu compromisso em compreender e aplicar os princípios da neurociência em sua prática clínica.


Para mais informações sobre sua condição, agende uma avaliação. 

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